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Sono: Qual o impacto na sociedade moderna?

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O que acontece quando ficamos sem dormir?

A privação de sono – dormir menos do que o necessário – tem se tornado cada vez mais comum em nossa sociedade, principalmente após a revolução industrial, no final do século XVIII, em que houve a inclusão do período noturno às escalas de trabalho.

Aliado a isso, a evolução tecnológica (computadores, tablets e smartphones), o crescimento das cidades e a urbanização, fizeram com que mudássemos nosso comportamento e estilo de vida para nos adaptarmos à essa demanda aumentada de atividades e compromissos. Mas infelizmente toda essa mudança de comportamento não ocorre sem um ônus para o nosso organismo.

Quando ficamos sem dormir, não é apenas o sono que perdemos. Uma pessoa com 8 horas de sono atrasado, por exemplo, vai atuar muito bem pela manhã, mas estará se sentindo sonolenta e cansada no meio da tarde, terá de se esforçar muito para não cochilar e ainda precisará de mais concentração no trabalho.

Isso acontece porque temos um relógio biológico que nos desperta e faz adormecer, chamado de Núcleo Supraquiasmático (NSQ), que fica numa região chamada de Hipotálamo.

Esse relógio é tão especializado que gera um ritmo interno próprio no nosso corpo. Não é a toa que tendemos sempre a dormir, acordar e sentir fome nos mesmos horários.

Essa ritmicidade também contribui para secreção periódica de alguns hormônios, como a prolactina e hormônio do crescimento, por exemplo. Mas considerando quem está com sono atrasado, quando é dia, o NSQ emite sinais para aumentarmos a energia do organismo e isso disfarça o cansaço. Porém, com o anoitecer, os processos corporais perdem ritmo e energia, exacerbando os efeitos do débito de sono.

Quais os problemas que a privação do sono pode causar?

Além disso, a privação de sono também provoca outros problemas no nosso corpo. Se o sono pode ser entendido como um momento de descanso do sistema cardiovascular, com queda da frequência cardíaca e pressão arterial, a privação de sono representa uma subtração desse “descanso”, e altera significativamente a regulação da pressão, em função de uma maior ativação do sistema nervoso simpático.

Assim, dormir poucas horas prolonga a exposição a valores mais altos de pressão e batimento cardíaco durante as 24 horas do dia, fazendo com que o indivíduo fique mais propenso a se tornar hipertenso.

Além disso, há alteração na liberação de outros hormônios, prejuízo ao sistema imunológico nos deixando mais propensos à infecções, dificulta a ação da insulina (pode predispor ao diabetes) e está até mesmo relacionada a causas de câncer, além de várias outras implicações.

Com isso, na “sociedade 24 horas”, principalmente das grandes cidades, o estresse e a excessiva demanda de trabalho tem provocado efeitos muito nocivos aos seus habitantes.

Precisamos ficar atentos para nosso sono e respeitar o tempo de cada um, pois não é à toa que passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo.